O Antiquarius, de Cabral e o Amarelinho, do povão

O restaurante Antiquarius, reduto de Cabral, Ricardo Teixeira e da família Marinho

O restaurante Antiquarius fica no Leblon, a dois passos da casa de Sérgio Cabral, e também é o seu predileto. É um dos restaurantes mais caros do Brasil freqüentado pela elite. Têm mesas cativas Cabral; Roberto Irineu Marinho, o nº1 das Organizações Globo; Ricardo Teixeira, o homem que se acha o dono do futebol brasileiro; além de banqueiros, artistas globais, e socialites. O dono Carlos Perico é um português amigo de Cabral. Ele aluga o imóvel e o proprietário ao final do contrato quer demoli-lo. Seria uma operação comercial normal como outra qualquer.

Mas o dono do Antiquarius foi pedir ajuda aos seus amigos poderosos, a começar por Cabral. O resultado é que depois de um telefonema de Cabral, o prefeito Eduardo Paes, da forma mais inexplicável possível decidiu tombar o imóvel, que de histórico não tem nada, para impedir a demolição do restaurante que Cabral, a família Marinho, Ricardo Teixeira e outros poderosos gostam de freqüentar. Não há qualquer justificativa legal para tombar o Antiquarius, nem como bem imaterial.

Em compensação o Amarelinho, na Cinelândia, reduto tradicional da boemia carioca foi fechado ontem, numa clara retaliação do prefeito Eduardo Paes. Os donos do Amarelinho foram para a imprensa reclamar quando Paes deu ordem para que o bar ficasse fechado no domingo passado, por conta do discurso de Obama para o povo, que acabou não acontecendo. Agora, vem uma tropa de choque da prefeitura e do governo do Estado foi lá fechar o Amarelinho. Se acharam comida estragada que se use a lei com todo o rigor, isso é claro. Mas é muita coincidência só agora terem se lembrado do Amarelinho!

O Amarelinho já foi um quartel-general dos brizolistas, no tempo da Brizolândia. Se Cabral gostasse de tomar um chope no Amarelinho nada teria acontecido, podem apostar.

Funcionários fecham as portas do Amarelinho depois da blitz da prefeitura e do governo do Estado

Em tempo: Atualmente, no Rio, de Paes e Cabral, a legislação é o que menos interessa, as leis e os códigos tem menos importância do que as amizades com os poderosos.