A mobilização em defesa dos royalties

Garotinho (no centro) e deputados do RJ e ES fizeram manifestação na rampa do Congresso

Como todos sabem, na próxima quinta-feira (10), acontecerá mais uma manifestação em defesa dos royalties, com concentração às 15h, na Candelária. Daqui a pouco, às 10h, será realizada a reunião, no Palácio Guanabara, com Cabral, a bancada de deputados e senadores do Rio, prefeitos, além de outras autoridades. Finalmente Cabral, aos 46 minutos do 2º tempo, nos acréscimos, se convenceu a fazer o que eu, Rosinha e vários deputados federais defendemos e fizemos, que foi colocar o povo na rua, mostrar a força do Rio de Janeiro e lutar sem tréguas pelos royalties.

É elementar que nos encontramos nessa situação dramática correndo o risco de perder R$ 50 bilhões nos próximos 8 anos, porque Cabral foi omisso, irresponsável e inconseqüente. Preferiu atacar parlamentares de outros estados, xingar e não negociar com quem quer que seja, nem como o governo federal, nem como os governadores, muito menos com o Congresso. Nas horas decisivas viajou a passeio para o exterior.

Mas antes tarde do que nunca. Ontem, pela primeira vez, o governo do Estado colocou anúncios na televisão que tiveram alguma utilidade, além de fazer propaganda das farsas de Cabral, como as UPAs e as UPPs. É um comercial convocando para a manifestação de quinta-feira.

Para quem me pergunta se eu vou à reunião com Cabral, eu digo: claro que sim. Os interesses do Rio de Janeiro, para mim, estão acima de questões políticas, da oposição a Cabral. Se o governador tivesse esse mesmo espírito público e não vivesse preocupado se eu ou Rosinha vamos ganhar algum dividendo político com essa luta, se não tivesse pressionado prefeitos e parlamentares a ficarem calados e não aderirem às manifestações, o Rio de Janeiro não estaria nessa situação desesperadora.